‘Estão me fazendo uma pessoa melhor’, diz coordenadora

Sylvânia Bouderic, sobre os jovens que participam das oficinas em Rio Preto da Eva (AM)

Os adolescentes que participam do Cidadania Jovem em Rio Preto da Eva estão surpreendendo os monitores e a coordenadora local pelo interesse e participação nas atividades. No último sábado, 25 de maio, a programação privilegiou histórias de vida, expressões corporais e o resgate de antigas brincadeiras e cantigas de roda.

Foi o segundo dia de oficinas, mas os inscritos já se mostraram bastante  interessados e integrados aos colegas e monitores. “Essa identificação dos adolescentes com o projeto se reflete no compromisso que vemos por parte deles com as atividades como um todo, desde a chegada até a saída. Isso não é comum entre jovens nessa faixa etária, e tem me chamado muito a atenção”, diz a coordenadora, Sylvânia Bouderic.

As práticas corporais buscaram desenvolver atenção, agilidade, trabalho em equipe e companheirismo entre os adolescentes por meio de jogos e brincadeiras tradicionais como a corrida do saco, Batalhão e Barra Bandeira (ou Rouba Bandeira), que é jogado por dois times. Como o nome diz, vence a equipe que conseguir “roubar” mais vezes a bandeira do adversário e trazê-la para o seu campo.

 

Na oficina de Arte e Movimento  os adolescentes participaram de atividades rítmicas e de expressão corporal em rodas de cantigas que ouviam dos pais e em brincadeiras como a do  telefone sem fio e o jogo de amarelinha. O objetivo foi promover “uma aprendizagem cognitiva do desenvolvimento motor, afetivo, social e cultural” do adolescente, como descreve a monitora Ana Karinna Facundes.

Já na oficina de Cidadania e Protagonismo, a música “Vida Boa”, gravada pela dupla Victor e Leo, embalou a produção de histórias em quadrinhos sobre a vida dos adolescentes. 

“Acredito que muitos estão se descobrindo através das atividades, aprendendo que eles são protagonistas de suas vidas. Houve o compartilhamento de alguns segredos e histórias, outros pediram conselhos e até mesmo ajuda”, relata a coordenadora, que registrou em vídeo (abaixo)  os trabalhos dos jovens, expostos em um mural.

 No final do dia, ela elogiou “a equipe maravilhosa” de monitores e agradeceu a oportunidade de participar do projeto: “Quero que saibam que era para eu ajudar esses jovens, mas na verdade, eles é que estão me fazendo uma pessoa melhor!”.

Sylvânia Bouderic com o assistente Lucas Muca (à esquerda) e os monitores Márcia Damasceno, Ana Karinna Facundes e Alex Souza.