As oficinas de Pedreira (SP) e Demerval Lobão (PI) deste sábado, 22 de junho, foram realizadas por novos monitores capacitados pelo Cidadania Jovem. O revezamento, que já era previsto pela equipe pedagógica, marca o início do segundo módulo dos trabalhos, em que o bairro onde o adolescente mora deve nortear o aprendizado em todas as atividades.
Ao longo do projeto, as oficinas deverão trazer temas que sejam sempre de interesse dos adolescentes e a partir de círculos concêntricos, do menor para o maior. Assim, se no primeiro módulo os jovens falaram de si próprios, das relações familiares e da rua onde moram, agora ampliam a visão para o bairro inteiro.
A premissa é de que, conhecendo-se como sujeitos que têm uma família, habitam uma rua, um bairro, uma cidade e um país, os adolescentes desenvolvam um sentimento de pertencimento que os estimule na construção da cidadania.
O tema deve estar presente em todas as oficinas, nas diferentes formas de expressão. Pode ser lembrado em atividades esportivas, com a reprodução das modalidades mais praticadas no bairro, ou em exercícios que exigem maior reflexão, e que podem terminar em competição, brincadeiras ou novas conversas.
Na estreia do novo módulo em Demerval Lobão, os jovens fizeram aviõezinhos de papel, onde escreveram o que gostam e o que não gostam no bairro onde moram e debateram o assunto. Depois, partiram para o lançamento dos aviões nos alvos, que eram baldes representando os bairros dentro de uma “pista” de pouso.
Já em Pedreira, as opiniões sobre os bairros foram colocadas no papel, em frases e desenhos. Nos dois casos, os apontamentos dos jovens, além de promover discussões sobre as mudanças que o cidadão pode reivindicar ou protagonizar em termos de melhorias para o ambiente em que vive, revelam vulnerabilidades individuais que, quando expostas em grupos, fortalecem vínculos e reforçam o aprendizado.
Rio Preto da Eva: valores
Rio Preto da Eva: meninas escrevem frases sobre amizade
Rio Preto da Eva segue no primeiro módulo do projeto, “Eu e minha família”, e busca provocar reflexões sobre valores importantes para a formação dos adolescentes. No último sábado, eles criaram frases em cartolina para montar a “árvore da amizade”.
N a oficina de História, Memória e Identidade, as atividades começaram com a apresentação de um texto e discussões sobre a importância da família e dos quatro pilares que a estruturam: amor, confiança, diálogo e relacionamento.
Em seguida, o que começou como conversa virou dramatização, com os adolescentes encenando situações de vida em família. “Alguns jovens vieram me falar que algumas cenas retratam a realidade de sua família e que, nessa oficina, eles aprenderam mais sobre esses quatro pilares. Vi, em cada expressão, um pouco de realidade”, conta a coordenadora, Sylvania Bouderic.
Para lembrar as brincadeiras regionais de infância, a equipe apresentou um espetáculo teatral em vídeo, com o grupo amazonense Meninos do Quintal.