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Gestor,
neste espaço você pode navegar e encontrar os principais temas técnicos para apoiar a organização da RAPS em seu território.
Clicando no tema de sua escolha, apresentaremos os tópicos principais e um link que te direciona ao texto de referência, escrito por experts e parte do manual técnico , que você encontra na integra clicando aqui.

Além deste espaço indicamos a leitura do Guia Prático, que traz a revisão dos principais guidelines, manuais e referências para as diversas profissões que compõem as equipes de saúde, e o Manual do Gestor que apresenta um marco conceitual, com indicadores para implementação da Linha de Cuidado em seu território.

IMPLANTAÇÃO DA LINHA DE CUIDADO DE DEPRESSÃO NO BRASIL BOX

  • O cuidado em saúde é desintegrado tanto no contexto público quanto no privado.
  • A depressão tem sido compreendida como uma doença crônica não transmissível, demandando articulações perenes entre os pontos de atenção em saúde.
  • A linha de cuidado (LC), enquanto forma de articulação de recursos e práticas em saúde, visa otimizar a performance global e a qualidade do cuidado ofertado por meio de pactuações, diretrizes clínicas e fluxos no contexto do sistema de saúde.
  • A implantação e implementação da Linha de Cuidado de Depressão (LCD) é uma experiência inédita no Brasil.
  • A Atenção Básica tem um papel fundamental na coordenação, gestão, acesso e organização do cuidado multidisciplinar às pessoas com depressão, incluindo ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação dentro da perspectiva dos determinantes sociais do processo saúde-doença.
  • A Linha de Cuidado é um indutor de aprimoramento das Redes de Atenção à Saúde (RAS). Para tal, o apoio de gestores, trabalhadores e usuários do sistema de saúde é essencial.
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EPIDEMIOLOGIA DA DEPRESSÃO

  • Em 2030, segundo a OMS, a depressão será a maior causa global de carga de doenças.
  • 75% das pessoas em países de baixa e média renda tem dificuldade de acesso ao tratamento para depressão.
  • Barreiras ao acesso incluem escassez de recursos, falta de profissionais treinados e o estigma associado aos transtornos mentais.
  • A prevalência do transtorno depressivo maior nos últimos 12 meses varia consideravelmente entre os países, mas é de aproximadamente 6%.
  • 20% da população geral apresentou ao menos um episódio depressivo ao longo da vida.
  • A prevalência de depressão em crianças antes da puberdade é de 1,3% em meninos e 0,8% em meninas.
  • A faixa etária acometida pelo primeiro episódio depressivo abrange desde a adolescência até meados da quarta década, sendo que cerca de 40% apresentam o primeiro episódio antes dos 20 anos.
  • A depressão é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens.
  • A prevalência de depressão maior unipolar é mais alta em adultos divorciados, separados ou viúvos.
  • As taxas de depressão aumentaram 27,6% durante a pandemia pela COVID-19.
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A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E O CUIDADO ÀS PESSOAS ACOMETIDAS POR DIFERENTES ESTADOS DEPRESSIVOS

Aspectos-chave

  • A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) inclui pontos de atenção como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços de urgência-emergência, Leitos de saúde mental em hospital geral, Unidades de Acolhimento (UA), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), Hospitais especializados e estratégias de reabilitação psicossocial como iniciativas de geração de trabalho e renda.
  • O cuidado às pessoas com depressão pode ser ofertado em todos os pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
  • A modalidade de escolha de tratamento para estas pessoas é de base comunitária e cap10-hospitalar.
  • O matriciamento é estratégia essencial para a consolidação da saúde mental nos serviços de saúde e pode ser oferecido pelos Centros de Atenção Psicossocial.
  • O atendimento à crise das pessoas com depressão pode ser oferecido por todos os pontos de atenção.
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FATORES ETIOLÓGICOS, QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA DEPRESSÃO

Aspectos-chave

  • Como etiologia (causa) do TDM, considera-se que exista uma interação de diversos fatores, entre eles, genéticos, alterações estruturais e funcionais do cérebro, alterações nos sistemas inflamatório, imunológico, hormonal e das neurotrofinas (proteínas que contribuem para o desenvolvimento e a plasticidade do sistema nervoso).
  • O transtorno depressivo maior (TDM) é uma condição de apresentação clínica heterogênea, que acomete todos os gêneros e faixas etárias.
  • Os profissionais de saúde devem estar habilitados a reconhecer e manejar o TDM.
  • O PHQ-9 é um instrumento de rastreio do TDM que pode inclusive ser autoaplicado. Caso essa ferramenta identifique depressão, o paciente deverá ser cuidadosamente avaliado para que o diagnóstico definitivo seja firmado.
  • Condições médicas crônicas são fatores de risco para o indivíduo a apresentar TDM.
  • Algumas doenças físicas e alguns medicamentos podem produzir sintomas depressivos.
  • Os principais diagnósticos diferenciais do transtorno depressivo maior são: a depressão bipolar, os quadros induzidos por medicamentos, doenças clínicas e o transtorno misto de ansiedade e depressão.
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COMPORTAMENTO SUICIDA NA DEPRESSÃO

Aspectos-chave

  • A taxa de suicídio vem crescendo no Brasil, chegando a 6,6 mortes por 100.000 habitantes.
  • O número de tentativas de suicídio é 10 vezes superior às mortes por suicídio, trazendo desafios de manejo destas pessoas nos serviços de saúde.
  • A autoagressão (cutting), apesar de não ser um indicativo direto de risco iminente de suicídio, sinaliza sofrimento mental.
  • Uma série de falsas crenças dos profissionais que assistem estas pessoas dificulta a construção de estratégias eficazes no cuidado.
  • O mapeamento de fatores predisponentes, precipitantes e protetores é essencial para o planejamento terapêutico.
  • A depressão é o transtorno mental mais associado ao suicídio.
  • A gradação do risco de suicídio permite aos profissionais estabelecer a conduta mais adequada, ética e protetiva. A rede social mais próxima (familiares, amigos, conhecidos) deve ser acionada.
  • O monitoramento do caso envolve garantia da segurança, obtenção de colaboração, orientação aos cuidadores e manutenção da estabilidade clínica.
  • A Atenção Primária à Saúde (APS) tem um papel importante no manejo de pessoas com risco de suicídio.
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SUPORTE À FAMÍLIA E FAMÍLIA ENQUANTO SUPORTE PARA USUÁRIOS DIAGNOSTICADOS COM DEPRESSÃO: ALGUNS INDICATIVOS E DIRETRIZES

Aspectos-chave

  • O suporte aos cuidadores e familiares é eventualmente negligenciado no cuidado às pessoas com depressão.
  • A sinergia entre profissionais dos serviços e cuidadores qualifica o plano de tratamento.
  • Atitudes e comportamentos dos cuidadores podem potencializar o sofrimento das pessoas com depressão. O inverso também é verdadeiro.
  • O Acolhimento em Saúde Mental é, ao mesmo tempo, um modo de organizar o serviço e promover a gestão do cuidado (classificação de risco, articulação de cuidados), e um modo de construir ou fortalecer vínculos, constituindo-se como um momento de escuta em que o familiar pode encontrar caminhos para lidar com suas questões.
  • As Visitas Domiciliares (VD) são estratégias vivas e importantes no acompanhamento e suporte para as famílias de usuários diagnosticados com depressão.
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