Aqui em Campina Grande a nossa preocupação foi fazer uma barreira sanitária para evitar que o problema se espalhasse, porque a chance era muito grande. Campina Grande tem hoje 122 pessoas e 900 mães acompanhadas pelo laboratório de microcefalia, mas destas, apenas 17 são do município, isso por causa da demanda que recebemos de outros municípios.
O maior desafio dos profissionais de saúde hoje é o desconhecimento, a mag- nitude do que é o vírus Zika. Mas como não temos tempo de saber para depois intervir, nós estamos provendo os serviços.
O projeto ZikaLab com seu caráter formativo e multiplicativo vai proporcionar a pessoas de vários segmentos da sociedade a se conscientizar mais sobre o que é o vírus Zika e a Síndrome Congênita do vírus Zika.
A luz da política nacional de humanização a gente precisa saber tratar esse usuário. Não é a criança da cabeça pequena ou que está doentinha. As pessoas que lidam diretamente com isso precisam saber acolher as famílias, chamar as crianças pelo nome.
Campina Grande hoje possui um laboratório especializado em microcefalia que dá suporte a 190 municípios, com recursos próprios. Isso inclusive é uma coisa que precisa ser discutida em outros âmbitos para que a gente possa ter incentivo, ter ajuda e para que a gente possa, inclusive, promover essa educação continuada para os municípios que precisam ter os seus laboratórios de formação ou seus laboratórios de acompanhamentos de crianças com microcefalia. E isso se faz com recursos e recurso hoje é algo que não tem.
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