Oficinas contribuem para a formação dos adolescentes

Atividades do último sábado incluíram passeio para estudo do meio e discussões sobre profissões

No Cidadania Jovem, o trabalho de educação não formal, com atividades artísticas, culturais, esportivas e de lazer, busca contribuir para a formação integral dos adolescentes. Nesse sentido, os monitores do projeto, que conduzem as oficinas nas cidades participantes, procuram sempre diversificar a programação nos encontros com os jovens, como aconteceu no último sábado, 17 de agosto.

Em Rio Preto da Eva, no Amazonas, o dia foi dedicado a estudos do meio. Primeiro, os adolescentes visitaram o Residencial Maria de Lourdes Azevedo, um conjunto planejado de casas que dá acesso a uma praia de água doce. Depois, seguiram de ônibus até uma das maiores fazendas do município.

Para a coordenadora das oficinas, Sylvânia Bouderic, o estudo do meio é importante por representar um momento coletivo de aprendizagem e de convivência entre os adolescentes, os moradores das áreas visitadas e a equipe de monitores. Na fazenda, os jovens puderam conversar com funcionários, subiram em árvores, tocaram e até montaram alguns animais.

“O estudo do meio proporciona uma percepção crítico-reflexiva do contexto social em que vivemos, ao colocar os adolescentes em diferentes espaços e contextos culturais. É também uma forma calcada na observação direta e na interação, o que leva à construção de saberes a partir das experiências vivenciadas”, diz Sylvânia.

“Amei esse projeto, é muito lindo”, comemora Sonia Regina Araújo. Moradora de Rio Preto da Eva, ela tem duas filhas, de 15 e de 14 anos, que participam das oficinas. Ao responder por que gosta tanto do projeto, ela afirma que no CJ os jovens “aprendem coisas novas, conhecem outras pessoas, aprendem educação, aprendem como se tornar cidadãos”.

Profissões em debate

Em Demerval Lobão, no Piauí, a experiência do sábado também foi marcante, segundo a coordenadora Leidiane Neres. Além de apresentar técnicas de relaxamento aos adolescentes, a nova equipe de monitores que assumiu as oficinas trouxe, em balões coloridos, perguntas sobre os empreendimentos existentes nos bairros onde os jovens moram. E investiu nas discussões sobre a importância da escolha da profissão.

“Adolescente é assim, você joga um tema e eles partem para o debate”, conta Leidiane. Nas conversas, os jovens falaram sobre as diferentes profissões que pretendem seguir. Entre elas a de advogado, médico e empresário. E se mostraram conscientes de como é possível alcançar seus objetivos. “Eles têm muito na cabeça que é preciso estudar para ter uma profissão, que nada cai do céu. Os monitores trabalharam bem a questão, e a discussão foi bastante produtiva, eu diria que foi um dos melhores sábados do projeto. Os meninos evoluíram bastante em relação às primeiras oficinas, eles são curiosos, e isso é bom”, conclui a coordenadora.

Em Cascavel, no Paraná, o trabalho foi de divulgação do Cidadania Jovem no programa Justiça no Bairro, desenvolvido pelo Poder Judiciário, Sesc, Prefeitura e Universidade Paranaense. O evento, realizado na Unipar, ofereceu serviços como orientações jurídicas, emissão de documentos e atividades que priorizam a saúde.

Já em Pedreira, São Paulo, onde também houve rodízio de monitores, os adolescentes se dedicaram à produção de maquetes de bairros e de histórias em quadrinhos.